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       /Cms_Data/Contents/uf-alcacerdosal/Media/Patrim.-Turismo/Livro-Roteiro-Tur-stico-ordenado-atualizado.pdf   ROTEIRO TURÍSTICO

PATRIMÓNIO

VILA ROMANA
Santa Catarina

Identificada em 1977 devido ao alargamento de uma rua na aldeia de Santa Catarina de Sítimos, só em 1986 foi possível começar os primeiros trabalhos de escavação, direcionados para definir a área arqueológica. Os trabalhos arqueológicos estiveram parados vários anos e só em 2006 e 2007 se deu início à escavação em área deste núcleo arqueológico.

Embora a área intervencionada seja escassa para definir com rigor as diferentes fases de ocupação das estruturas, as escavações permitiram descobrir vestígios de dois núcleos de ocupação nesta área, que integrariam uma importante villa romana.

De realçar a identificação de uma grande natatio/ piscina com a respetiva escadaria de acesso ao interior, que provavelmente fará parte de uma estrutura termal.

Até ao momento, as escavações arqueológicas revelaram uma ocupação humana desde meados do século I a.C. que terá durado até aos séculos V/VI. Posteriormente, em contexto Islâmico, assiste-se a uma presença humana ainda em moldes pouco claros, sucedendo o mesmo após a conquista Cristã de 1217, vindo dar à aldeia atualmente existente e cuja igreja encontra-se referida no século XIII.

A intenção do município é criar um núcleo museológico em Santa Catarina, onde serão expostos os objetos encontrados.

Acesso:

Estrada nacional entre Alcácer do Sal e Évora, com desvio assinalado para Santa Catarina. A área arqueológica localiza-se no meio da aldeia e, nesta fase do projeto, é de acesso livre. Para efetuar uma visita guiada, pode contactar o Posto de Turismo ou o Gabinete de Arqueologia, com alguns dias de antecedência.

Localização Geográfica: 38°23'35.44"N; 8°25'55.86"W

Freguesia/Concelho: União das Freguesias de Alcácer do Sal (Santa Maria do Castelo e Santiago) e Santa Susana

Fonte: Site da CMAS

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IGREJA DE SANTA SUSANA (Alcácer do Sal)*

A Igreja de Santa Susana resulta da ampliação seiscentista de uma ermida do século XVI, pertencente à Ordem de Santiago, e da qual ainda resta a estrutura da atual capela-mor. O templo permaneceu numa zona rural até aos anos 20 do século XX, quando foi fundado o aglomerado urbano onde hoje se integra, e construída a torre sineira. Por entre as típicas casas alentejanas, caiadas a azul e branco, destaca-se em Santa Susana o edifício da sua igreja matriz. Com um traçado tipicamente popular, a Igreja de Santa Susana é constituída por uma só uma nave com uma abóbada de berço redonda De influência maneirista, a igreja paroquial tem um interior muito simples onde se destacam a figura de Santa Susana, no centro do altar-mor, e, sobretudo, duas pinturas sobre madeira que ladeiam a imagem. Descobertas por acaso em 1983, na sequência de uma tentativa de inventariação do património artístico e cultural do concelho de Alcácer do Sal, as representações foram descritas por Vítor Serrão, diretor do Instituto de História da Arte da Universidade de Lisboa e membro efetivo da Academia Nacional de Belas-Artes, como “duas peças excecionais de pintura «primitiva», sem par no sul do país, onde obras pictóricas deste tempo são raríssimas”. Representando respetivamente a Anunciação – anjo Gabriel revela a Maria que vai dar à luz um menino – e a Natividade – nascimento de Jesus Cristo –, os painéis datarão do século XVI e tudo indica que terão sido produzidas pelo enigmático, mas reputado, Mestre da Lourinhã, um luso-neerlandês responsável por obras semelhantes nas igrejas matrizes de Cascais e Alcochete. Pouco se sabe acerca da origem das pinturas, porém, parece evidente aos olhos dos investigadores que, dado a excelência do seu trabalho de conceção, elas não pertenceriam originalmente a um pequeno templo rural como a Igreja de Santa Susana. Aliás, é visível que as imagens foram cortadas de forma a encaixar no retábulo-mor do templo. Vítor Serrão considera que provavelmente as peças pertenceriam a alguma família ilustre de Alcácer do Sal que as terá decidido doar à igreja do povoado. Apesar de raros, os painéis da Igreja Santa Susana apresentam algum nível de degradação.

Fonte: Site da CMAS

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* A Igreja de Santa Susana foi classificada como monumento de interesse público. A classificação foi publicada em Diário da República no dia 12 de Fevereiro de 2014.